Na China, descartar vidro temperado sai mais barato do que manter estoques
Grandes fabricantes chineses de vidro têm optado por jogar fora chapas temperadas já cortadas em vez de guardá-las. O motivo é financeiro: o custo para manter esse material parado costuma superar o valor do próprio produto.
Economia de escala reduz impacto da perda
A China lidera a produção mundial de vidro e opera em volumes que diluem despesas com matéria-prima, energia e mão de obra. Nesse cenário, a eliminação de algumas peças representa prejuízo mínimo quando comparada à despesa de armazenamento prolongado.
Espaço e transporte encarecem o estoque
Vidro temperado exige áreas controladas em temperatura, segurança e movimentação. Em polos industriais densos, o aluguel de galpões é elevado, e a falta de espaço pressiona a rotatividade de mercadorias. Além disso, transportar chapas já cortadas, muitas vezes sob medida, gera risco alto de quebra e fretes maiores, o que torna o armazenamento ainda menos viável.
Agilidade produtiva pesa na decisão
O mercado chinês trabalha principalmente sob encomenda. Se um pedido é cancelado ou alterado, o vidro cortado pode ficar obsoleto. Eliminar o material libera recursos e área para novas demandas, preservando a flexibilidade da linha de produção.
Reaproveitamento limitado
Diferente do vidro comum, o vidro temperado não pode ser retrabalhado depois de pronto. Caso as dimensões deixem de atender ao cliente, as chances de adequação a outro uso são pequenas, o que reduz o incentivo para armazenar chapas excedentes.
Reciclagem fecha o ciclo
O país conta com estruturas capazes de derreter e reutilizar grandes volumes de resíduos vítreos. Como o vidro é totalmente reciclável, as chapas descartadas retornam à cadeia produtiva com custo menor do que a manutenção em estoque, contribuindo para a economia circular local.
Esses fatores combinados explicam por que, em muitas situações, as empresas chinesas preferem descartar vidros temperados já cortados a mantê-los guardados.
Com informações de Jornal do Vidro

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